Também recebe os nomes de canela-verdadeira e caneleira, reforçando seu uso tradicional e sua importância histórica entre as plantas aromáticas.
Pertence à família Lauraceae, um grupo de plantas lenhosas que inclui diversas espécies aromáticas de grande importância comercial, alimentícia e medicinal.
Entre seus parentes mais conhecidos estão o abacateiro, o louro, a canela-sassafrás e outras canelas silvestres. Todas apresentam estrutura foliar semelhante e aroma característico, especialmente quando suas folhas ou cascas são amassadas.
As espécies da família Lauraceae apresentam folhas aromáticas quando amassadas, nervuras bem marcadas e textura geralmente firme. A casca das árvores dessa família costuma exalar um aroma intenso e característico, o que facilita muito a identificação.
A caneleira é uma árvore que atinge de 5 a 15 metros de altura, com tronco ereto, casca marrom-avermelhada e textura levemente áspera. Suas folhas são rígidas, brilhantes e de coloração verde-escura na fase adulta, com nervuras claras bem visíveis. Os ramos mais jovens possuem tonalidade avermelhada, e as flores são pequenas e discretas, reunidas em inflorescências.
Originária de Sri Lanka e de regiões do sul da Ásia, a planta se desenvolve naturalmente em florestas tropicais e subtropicais úmidas, onde encontra temperatura e umidade ideais.
A caneleira prefere clima quente e úmido, com temperaturas elevadas durante todo o ano. Cresce bem em solos férteis, profundos e ricos em matéria orgânica, com boa drenagem. Quanto à luminosidade, pode ser cultivada tanto em meia-sombra quanto em sol pleno, adaptando-se bem a diferentes intensidades de luz. Regas regulares ajudam no desenvolvimento inicial das mudas.
A propagação pode ser feita por meio de sementes frescas — que possuem maior taxa de germinação quando recém-coletadas — ou por estacas retiradas de ramos jovens e vigorosos. O enraizamento por estaca costuma exigir umidade constante e substrato leve.
A canela utilizada na culinária é obtida a partir da casca interna da árvore, retirada em lâminas finas que se enrolam naturalmente ao secar. É uma das especiarias mais antigas do mundo, utilizada desde a antiguidade como aromático, conservante, medicinal e até como item de luxo e troca comercial.