Imagem da planta

Cupuaçu

Theobroma grandiflorum

Outros Nomes:

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Família:

Malvaceae

Plantas semelhantes:

Malvaceae

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Identificação

A maioria das plantas desta família apresenta folhas alternas, espiraladas ou dísticas, simples (palmadas ou lobadas) ou compostas (palmadas) e em sua maioria, com bordas serrilhadas e dentes malvoides. Também apresentam estípulas e venação palmada. As lâminas foliares das Malvaceae são dorsiventrais, podendo ser em algumas mais raramente bifacial. A epiderme das folhas pode ou não apresentar mucilagem; há presença de estômatos em ambas as superfícies da folha. As flores desta família podem ser solitárias (grandes ou pequenas; regulares ou irregulares) ou unidas, formando uma inflorescência (cimosa ou racemosa) axilar que são vistosas, actinomorfas, bissexuadas ou às vezes, unissexuadas e diclamídeas. A inflorescência em Malvaceae possui unidades bicolor, que são caracterizadas por possuírem uma flor terminal com três brácteas. O perianto é heteroclamídeo (cálice e corola diferenciados) com a corola podendo ser gamo ou dialipétala, pentâmera com plefloração imbricada e o cálice pentâmero, possuindo epicálice (invólucro de brácteas que representa uma unidade bicolor). Não há formação de hipanto livre e as flores são cíclicas. As flores também são hermafroditas em sua maioria, podendo algumas espécies ter flores dioicas (raramente). Na parte masculina da flor (androceu), pode-se dizer que os estames estão presentes em grande quantidade, podendo ser livres ou unidos e às vezes formar uma coluna estaminar envolvendo o gineceu, como é o caso que acontece nos Hibiscos. As anteras em Malvaceae apresentam estruturas, na maioria das espécies, rimosas. Na parte feminina da flor (gineceu) o ovário é súpero, geralmente sincárpico contendo de um a muitos óvulos em cada lóculo presente, com a placentação axial. O estigma, como é o caso dos Hibiscos, pode ser ramificado. Os carpelos são geralmente opostos à corola, podendo ser opostos ao cálice, como em Hibiscus, Sterculia e Fremontodendron. Quando há três carpelo na flor, o membro mediano pode ser tanto adaxial quanto abaxial. A reprodução nesta família ocorre através da polinização entomófila, ou seja, polinização efetuada pelos insetos. Os nectários são feitos de tapetes de pelos glandulares multicelulares e são encontrados no centro do cálice, tendo a corola fundida na base, deixando um espaço por onde o polinizador pode entrar no nectário. Os frutos em Malvaceae podem ser caracterizados como dos tipos: baga, drupa, cápsula, esquizocarpo e sâmara.

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Descrição

O cupuaçuzeiro é uma árvore que pode ultrapassar 30 m em ambiente natural, com tronco acinzentado e copa irregular; em cultivo, mede de 6 a 10 m e pode ser conduzido com podas. Possui folhas simples, alternas, curto-pecioladas, de borda lisa, com tricomas estrelados e estômatos concentrados na face abaxial. As inflorescências são axilares ou ramifloras, com 3–5 flores hermafroditas e actinomorfas. As flores apresentam sépalas espessas e unidas na base, pétalas geralmente roxas com base em forma de cógula, cinco estaminóides e androceu com dois verticilos de estames. O ovário é súpero e pentalocular, com cerca de 10 óvulos por lóculo. O fruto é uma baga drupácea oblonga que cai ao amadurecer, com epicarpo lenhoso piloso, mesocarpo esponjoso e endocarpo branco-amarelado comestível envolvendo 15–50 sementes.

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Origem

É nativo de toda a bacia amazônica.

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Cuidados

Durante os primeiros meses, regue com mais frequência para auxiliar no desenvolvimento das mudas. Após o estabelecimento da planta, reduza a quantidade de água fornecida, aumentando-a novamente em períodos de seca prolongada. A adubação da muda de cupuaçu é essencial para um bom crescimento e produção. Utilize adubos orgânicos, como esterco bem curtido, húmus de minhoca ou compostagem, aplicados ao redor da planta, evitando o contato direto com o caule. Faça a adubação a cada seis meses, preferencialmente no início das estações chuvosas. Faça podas de formação e limpeza, removendo ramos secos, doentes ou mal posicionados. Utilize tutores para auxiliar no suporte da planta, especialmente nos primeiros anos de crescimento. A muda de cupuaçu precisa de boa iluminação, preferindo locais com luz solar direta ou parcial.

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Mudas

o preparo das mudas de cupuaçu deve ser realizado selecionando-se plantas matrizes sadias, com frutos grandes. Após a retirada da polpa, as sementes são semeadas em solo arenoso, afofado com enxada. Este semeio pode ser feito à sombra de uma árvore. Entre 45 e 90 dias as plantas apresentam 4 a 6 folhas. Faz, então, o arranquio das mudas com o auxílio de uma pá. As mudas podem ser transportadas de raiz nua (sem torrão), e são transportadas até o campo em paneiros. O cupuaçuzeiro é uma planta que necessita de sombra quando novo. O sombreamento em cultivo solteiro é feito com folhas de palmeiras reqionais, como buriti, inajá, açaí ou outras. O sombreamento quando se utiliza capoeiras, é feito abrindo-se picadas de 2 metros de largura, plantando-se as mudas no centro da mesma. O sombreamento também pode ser conseguido consorciando-se cupuaçu com a cultura da mandioca.

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Curiosidades

O cupuaçu é um fruto nativo da Amazônia e tem sido utilizado há séculos pelos povos indígenas. Eles não apenas consumiam a polpa do fruto como parte da alimentação, mas também aproveitavam suas sementes para fins medicinais, por exemplo. O nome Cupuaçu vem da língua tupi “kupu”, (que significa “que parece com cacau”) + uasu (que significa “grande”), ou seja, o nome significa “que parece com cacau grande”. O cupuaçu é frequentemente classificado como um superalimento devido ao seu perfil nutricional completo. O fruto, além de possuir um sabor único, é rico em: Antioxidantes, vitaminas, minerais e fibras, oferecendo inúmeros benefícios à saúde. O cupuaçu é considerado um dos símbolos da biodiversidade brasileira. Em 19 de maio de 2008, a Lei n.º 11.675 foi sancionada, reconhecendo o Cupuaçu como um fruto legitimamente brasileiro e destaca sua importância para a cultura, economia e biodiversidade do país. Para os povos indígenas da Amazônia, o cupuaçu possui um caráter sagrado. As comunidades tradicionais veem o fruto como símbolo de fartura e sustento. Além de utilizarem o cupuaçu na alimentação diária, a polpa e as sementes também são utilizadas em rituais e na produção remédios naturais, por isso é considerado tão importante.