Jequitibá-rei, Jequitibá-rosa, Jequitibá-branco.
Lecythidaceae
Castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa), Biribá (Rollinia), Sapucaia (Lecythis).
Plantas da família Lecythidaceae costumam ser árvores robustas ou grandes plantas lenhosas; geralmente têm folhas simples, e seus frutos frequentemente são do tipo cápsula ou pixídio — estruturas lenhosas que, quando maduras, se abrem para liberar sementes, frequentemente aladas, facilitando dispersão pelo vento.
No caso dos jequitibás (gênero Cariniana), as características físicas são impressionantes: pode se tratar de árvores de enorme porte, com altura entre cerca de 30 e 50 metros, às vezes mais, e tronco reto e cilíndrico, com diâmetro que pode ultrapassar 1 metro. As flores dos jequitibás costumam ser pequenas, discretas, reunidas em inflorescências do tipo panícula (ou racemo terminal), de cor branca a creme-pálido, e não têm a exuberância de flores ornamentais.
É originário das florestas tropicais e subtropicais do Brasil.
Para manter um jequitibá (em contexto de reflorestamento, de preservação ou de plantio em áreas amplas) o ideal é garantir um solo profundo, fértil e bem drenado, de preferência com bastante matéria orgânica, e um ambiente com luminosidade natural (sol pleno ou difuso conforme a fase de crescimento). As árvores precisam de espaço para crescer — dada sua tendência a atingir grandes alturas e diâmetros — e, se forem jovens, de proteção contra geadas, ventos fortes ou competição excessiva por luz e nutrientes. A ventilação natural e um bom balanço hídrico também são importantes, especialmente em regiões com estação seca ou solo raso. Muitas espécies preferem sol e umidade natural, já que são originárias de florestas tropicais.
A propagação dos jequitibás geralmente é feita por sementes: após os frutos maduros (pixídios) se abrirem, libera-se sementes aladas — que podem ser coletadas e imediatamente semeadas em viveiros ou canteiros com substrato adequado. Segundo fontes, a germinação costuma ocorrer dentro de 12 a 25 dias após a semeadura. Métodos de propagação via estacas ou divisão não são comuns — por se tratar de árvores de grande porte com estrutura lenhosa e sistema radicular profundo.
O nome “jequitibá” vem do tupi “yekïti’bá”, que significa “árvore de tronco rijo”, referindo-se à madeira densa e durável. Alguns jequitibás podem viver mais de 500 anos, tornando-se verdadeiros gigantes históricos da floresta.