Romã, romeira.
Lythraceae.
Cuféia (Cuphea hyssopilofia), dedaleiro (lafoensia pacari), flor-de-santo-antonio (Cuphea ignea), mirindiba-rosa (Lafoensia glyptocarpa), resedá (Lagerstroemia indica), Cuphea arenarioides, Cuopha calophylla, Heimia myrtifolia, Diplusodon ovatus, Diplusodon villosissimus, Lafoensia nummularifolia, R
Suas folhas apresentam morfologia simples, de margem inteira, poucas vezes têm a presença de estípulas, suas inserções podem ser opostas, alternas ou verticiladas, além disso apresentam nódulos uni lacunares. Ao se referir às flores, pode-se dizer que são vistosas, de inflorescência racemosa e poucas vezes suas flores se mostram isoladamente. São bissexuadas, e podem ser actinomorfas ou zigomorfas, na maioria das vezes diclamídeas (com pétalas e sépalas distintas), mas em alguns casos monoclamídeas (com somente sépalas ou somente pétalas). Seu cálice normalmente apresenta de 4 a 8 sépalas, porém, existem cálices com menos de 4 sépalas e alguns com mais de 10. Adicionalmente, sua corola é do tipo dialipétala com 4 a 7 pétalas, seus estames têm números dobrados aos das pétalas, anteras rimosas (ou seja, abrindo-se longitudinalmente) e na maioria dos casos apresentam nectários. Seu ovário é súpero, mas com algumas exceções, plurilocular, bi ou pluriovulado. Seu fruto pode ser do tipo baga ou cápsula. Suas folhas são dorsiventrais, apresentando uma camada epiderme adaxial e outra abaxial, ambas de mesmo tamanho. Apresentam com frequência células de mucilagem. Estômatos podem estar em apenas um lado da folha ou em ambas as superfícies e normalmente apresentam um ou dois parênquimas paliçádicos. Em algumas espécies, como as pertencentes ao gênero Trapa , os estômatos estão na superfície abaxial e possuem um aerênquima bem desenvolvido, o que a auxilia e confere a habilidade de flutuabilidade na superfície da água.
O planta, que pode atingir 5 ou 7 metros (16 ou 23 pés) de altura, tem formato elíptico a lanceolado, verde brilhante folhas cerca de 7,5 cm (3 polegadas) de comprimento. O belo axilar laranja-avermelhado flores são suportados em direção às extremidades dos ramos. O cálice (composto pelas sépalas) é tubular e persistente e tem de cinco a sete lóbulos; as pétalas são lanceoladas, inseridas entre os lóbulos do cálice. O ovário está embutido no tubo do cálice e contém vários compartimentos em duas séries, um acima do outro. A fruta é do tamanho de um grande laranja, obscuramente de seis lados, com uma pele lisa e coriácea que varia do amarelo acastanhado ao vermelho; no interior, é dividido em várias câmaras contendo muitos arilos finos e transparentes de polpa avermelhada e suculenta, cada um circundando um alongado angular semente.
A romãzeira provém da Grécia, Síria e Chipre e também centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão.
As romãzeiras prosperam em áreas com muita luz solar direta, preferencialmente em locais que recebam pelo menos 6 horas de sol por dia. Certifique-se de que o solo seja bem drenado e ligeiramente ácido, com um pH entre 5,5 e 7. O pé de romã é resistente à seca, mas ainda assim requer uma quantidade adequada de água, especialmente durante os primeiros anos de crescimento. Regue profundamente, mas com menos frequência, para encorajar o desenvolvimento de raízes profundas. Evite encharcar o solo. A poda é fundamental para manter um pé de romã saudável e produtivo. No inverno, realize uma poda de limpeza, removendo galhos mortos ou doentes. Também é possível podar a planta para regular a forma.
Prepare o solo removendo quaisquer detritos, como pedras e raízes de plantas antigas. Em seguida, adicione matéria orgânica, como composto ou húmus, para melhorar a fertilidade do solo. Certifique-se de que o solo esteja solto e arejado para permitir um bom desenvolvimento das raízes. O pé de romã pode ser cultivado a partir de sementes ou mudas. No entanto, o método mais comum é o uso de mudas enxertadas, que são mais resistentes e produzem frutos de melhor qualidade. Plante a muda em um buraco com o dobro do tamanho de sua raiz e regue abundantemente. Mantenha uma distância adequada entre as mudas para garantir espaço para o crescimento.
A romãzeira foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. A importância do seu fruto – romã – é milenar, aparecendo em textos bíblicos associada às paixões e à fecundidade, sendo também considerada pelos gregos como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois acreditava-se nos seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo. Existem também relatos sobre a sua presença nos jardins do Rei Salomão. Também em Roma a romã era usada nas cerimónias e cultos, considerada símbolo de ordem, riqueza e fecundidade. Na Idade Média a romã era frequentemente considerada um fruto cortês e sanguíneo, figurando nos contos e fábulas de muitos países.