Castanha sapucaia, cumbuca de macaco, sapucaia vermelha, marmita de macaco, caçamba do mato
Lecythidaceae
Abdulmajidia chaniana, Adbulmajidia maxwelliana, Barringtonia acutangula, Barrigtonia apiculata, Bertholletia excelsa, Careya arborea, Careya herbacea, Careya valida, Cariniana decandra, Cariniana domestica, Eschweilera alata, Eschweilera albiflora, Foetidia africana, Foetidia asymetrica
As folhas podem ser dísticas, simples, inteiras ou denteadas. Apresentam venação peninérvea e estípulas pequenas e caducas ou ausência destas. Os frutos da família são em cápsula, que normalmente é grande e dura e de deiscência circuncisa (com um opérculo). Às vezes esta cápsula pode ser indeiscente, em drupa ou em noz. Quando imaturo, apresenta um exudato na região de inserção do fruto com o pedúnculo. Possuem exocarpo de cor castanho escuro, mesocarpo castanho claro e mais espesso e endocarpo semelhante ao exocarpo, também de coloração castanho escura. As flores possuem inflorescências indeterminadas, terminais ou axilares, podendo às vezes encontrarem-se reduzidas à uma flor solitária. As flores são bissexuais, podendo ser radiais ou até mesmo bilaterais devido ao desenvolvimento incomum do androceu. São polinizadas por diversas abelhas e vespas e até mesmo morcegos. Apresentam pétalas 4, 6 ou 8, raramente 12 ou 18 e sépalas normalmente 4-6, em geral livres ou podendo estar ausentes. Há estames numerosos, onde os mais próximos do gineceu se desenvolvem antes. Em alguns gêneros mais especializados a porção fusionada é assimétrica e produzida em um lado da flor, formando uma estrutura aplanada que pode curvar-se sobre o ovário, onde alguns podem haver estames reduzidos e modificados em estaminódios. As sementes são grandes, providas de arilo carnoso ou achatadas na forma de asa. Apresentam embrião grande e oleoso, normalmente com hipocótilo muito espesso. Podem ser dispersas por uma grande variedade de animais (mamíferos, como roedores, macacos e morcegos, e diversas aves e peixes) que são atraídos pelas sementes ariladas. São constituídas por duas camadas de tegumento: a testa, mais externa, em tons castanhos claros, opaca, rugosa e com linhas de fratura por sua extensão, e o tégmen, mais interno, membranoso e castanho mais escuro que a testa.
A árvore mede entre 20 e 30 metros de altura, ou metado disso quando cresce isolada. O tronco possui 50 a 90cm de diâmetro, com fissuras profundas. As folhas são finas, lisas e variam entre 8 e 16cm de comprimento, e 4 e 7cm de largura. Apresentam coloração rosada quando novas. As flores nascem em cachos e são andróginas, possuindo dois sexos separadamente na mesma flor. O fruto é seco e se abre espontaneamente quando maduro, liberando as sementes pela gravidade. A semente é tipo uma castanha que mede em torno de 5cm de comprimento e 2cm de largura.
Essa árvore é nativa do Brasil, encontrada principalmente em florestas tropicais da Mata Atlântica e da Amazônia.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil e profundo, de textura arenosa, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente, deixando o solo úmido, mas não encharcado. O solo deve ter um pH de 5,2 a 6,5.
Tire a castanha de dentro do fruto e lixe ao redor da parte onde está a polpa (a polpa é comestível - se não quiser comer, retire-a). Depois, enterre metade da castanha no solo com a parte que você lixou para baixo, na direção da terra.
Suas sementes são muito apreciadas pelos macacos, cujos mais novos ficam com as mãos presas, o que gerou o famoso ditado "Macaco velho não põe a mão em cumbuca". Suas castanhas são comestíveis e saborosas, substituindo com vantages a castanha-do-pará in natura ou em receitas. Seus frutos são muito utilizados como recipiente doméstico na decoração. A árvore apresenta madeira de boa qualidade, com alta resistência ao ataque de organismos xilófagos, com aplainamento moderadamente fácil.