Imbuzeiro, jique, imbu, imbuzeiro, ambu
Anacardiaceae
Anacardiaceae
Anacardiaceae apresenta plantas lenhosas, com ductos resiníferos, ramos glabros ou pilosos, folhas normalmente alternas, geralmente simples, compostas ou pinadas, em sua maioria imparipinadas; sua margem é inteira ou serreada e ausência de estípulas, geralmente com forte odor de resina no estado fresco. Suas flores são bissexuais, unissexuais ou poligâmicas, diclamídeas, actinomorfas e estão dispostas em inflorescências tirsoides, racemosas, paniculadas ou em espigas, sendo raramente solitárias; normalmente são pentâmeras, com (1–)5–10(–>100) estames, e comumente apresentam disco nectarífero intraestaminal; sépalas 4-5-meras, dialissépalo ou gamossépalo, pétalas 4-5-meras, dialipétala; o gineceu é sincárpico, com 1–12 carpelos uniovulados e ovário súpero. Tem cor alva, esverdeada, arroxeada; estames livres, heterodínamos, isostêmone ou diplostêmone ou apenas um fértil, estaminódios frequentes; anteras rimosas; disco nectarífero presente ou ausente Seus frutos são geralmente do tipo drupa ou sâmara.
O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte, com altura variando de 4 a 7m, copa ampla e umbeliforme formada por um grande número de galhos, curtos e entrelaçados. A casca é acinzentada, os ramos novos são lisos e os mais velhos apresentam fissuras que às vezes se deprendem em placas. As folhas têm, em média, de 8-13cm de comprimento, são alternas, compostas com 3 a 7 folíolos, com bordas inteiras, com aproximadamente 4cm de comprimento e 2cm de largura. As flores, são de cor branca, pequenas (7-8mm) dispostas em panículas terminais, medindo de 10 a 15cm de comprimento, andromonóica, com flores hermafroditas e unissexuais masculinas distribuidas na inflorescência, apresentando percentual de 50% (1:1) ou de 60% masculinas e 40% hermafroditas O fruto, é do tipo drupa elipsoidal glabro ou piloso geralmente arredondado com 2 a 4cm de diâmetro e pesando de 10 a 20g.
A árvore é originária dos chapadões semiáridos do nordeste brasileiro.
A rega do Umbu deve ser realizada regularmente, principalmente durante os períodos de seca. É essencial manter o solo úmido, mas sem encharcar. Em relação à adubação, a planta responde bem à aplicação de adubos orgânicos, como esterco curtido ou composto orgânico. É recomendado fazer a adubação no início da primavera e repetir a cada três meses, evitando o contato direto dos adubos com o caule da planta. No que diz respeito aos cuidados gerais, é importante realizar podas de formação para garantir um crescimento adequado da planta. Capinas: manter o terreno (1,5 metro em torno da planta) sem planta daninha. Desbrotas: eliminar os brotos que saírem abaixo do ponto da enxertia; daí em diante, apenas retirar os galhos que se desenvolverem em direção ao solo. Controle de pragas e doenças: abelhas arapuá e moscas-das-frutas podem atacar os frutos. As medidas recomendáveis são: usar armadilhas caça-moscas e catar e eliminar os frutos caídos no solo. Controle da erva-de-passarinho: a erva-de-passarinho é uma planta parasita que afeta o desenvolvimento e a produção do umbuzeiro, razão pela qual ela deve ser periodicamente retirada e queimada.
Escolha sementes de frutos maduros de plantas vigorosas. Retirar a casca e a polpa e pôr para secar ao sol. Com o uso de um canivete, retirar a mucilagem da parte mais larga da semente, rompendo o tegumento interno do endocarpo, para facilitar a germinação. Deixar as sementes de molho em água por 12 a 24 horas, passá-las em esterco curtido, e, com o esterco aderido, as sementes são colocadas em caixas ou canteiros, em substratos de areia lavada, numa profundidade aproximada de 2 a 3 centímetros, irrigando-se bem diariamente. A germinação ocorre a partir do 10º dia, estendendo-se até o 35º dia, após a semeadura. Usar ambiente protegido, com meia-sombra. A repicagem é feita quando as plântulas apresentarem início de caule lenhoso e formação de xilopódios, o que ocorre aos 2 meses após o plantio; para isto, usam-se sacos de polietileno com capacidade de 3 a 4 litros e substrato composto de uma parte de solo, uma de esterco curtido e 5 kg de superfosfato simples por metro cúbico da mistura. Na repicagem, colocar a mistura de terra, esterco e superfosfato simples até a metade do saco plástico, colocar a plântula e completar o enchimento do saco. Em seguida, molhar bem uma a duas vezes ao dia. A enxertia por garfagem no topo em fenda cheia é feita quando o caule atingir a grossura de um lápis, o que ocorre aos 9 meses após o plantio. Os garfos retirados da planta produtora devem ter de 3 a 4 gemas, coletados de preferência quando a planta estiver no final da fase de dormência vegetativa (início da emissão de folhas). O amarrio dos enxertos e da extremidade do garfo deve ser feito com fita plástica transparente. Aos 60 dias após a enxertia, as mudas estarão prontas para serem transplantadas para o local definitivo, ocasião em que são retiradas as fitas. Usar o espaçamento de 10 por 10 metros entre as covas. Depois de abertas as covas, fazer adubação, de acordo com os resultados da análise de solo. Na falta desta análise, podem-se usar por cova: 10 a 20 litros de esterco de curral curtido e 500 g de superfosfato simples, que devem ser misturados à camada de terra retirada da superfície e colocados no fundo da cova. Fazer o plantio no início da estação chuvosa. Retira-se o saco plástico ou outra embalagem que envolve a muda. Plantar no centro da cova, sem abafar o tronco com a terra. Apertar a terra levemente ao redor da muda e regar bem. Fazer uma bacia ao redor da cova, para possibilitar maior armazenamento de água, e cobrir a superfície da cova em volta da planta com material vegetal seco. Depois de plantadas as mudas, fazer tutoramento com estacas e amarrio da planta, a fim de se evitarem tombamento e danos pelos ventos fortes.
O fruto in natura possui proteína, carboidrato, fibra dietética, Ca, Mg, P, Fe, Cu, Zn e vitamina C. As raízes têm batatas que funcionam como uma espécie de caixa d’água. A água fica dentro dessas batatas. E como são centenas enterradas, elas vão irrigando a árvore.Pesquisas mostram que um umbuzeiro adulto chega a acumular aproximadamente 1.500 litros de água. E é por isso que ele atravessa todo o período seco bem verdinho e dando frutos.